Zoológico de Goiânia intensifica ações de bem-estar animal no período de calor e seca

1 de setembro de 2025 às 14:05

Iniciativa inclui oferta de picolés de frutas e carne, aspersores e aumento de alimentos ricos em água, garantindo qualidade de vida aos animais

O Parque Zoológico de Goiânia, administrado pela Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp), intensifica neste período de calor e seca as ações voltadas ao bem-estar animal. A estratégia inclui a oferta de picolés de frutas e carne, ampliação de alimentos ricos em água, como melancia e melão, e o uso de aspersores para refrescar os recintos. O objetivo é reduzir os efeitos do clima e, com isso, garantir mais qualidade de vida aos animais que vivem no parque.

O biólogo Diogo Amaral, que atua no Zoológico há 11 anos, explica que os picolés são parte de um programa de enriquecimento alimentar. “Essa questão dos picolés trata-se de um enriquecimento alimentar. É um processo que nós fazemos para estar ajudando na nutrição de todos os animais do parque durante esse período de calor, para intensificar a quantidade de líquido”, disse.

Segundo ele, o enriquecimento varia conforme as estações do ano. No inverno, há reforço em leguminosas e rações; já no período de calor e seca, aumenta-se a oferta de líquidos e frutas. O congelamento dos alimentos é uma forma diferenciada de atrair a atenção dos animais e estimular uma alimentação refrescante e saudável. “As aves, os primatas e os grandes felinos são atraídos por esse picolé, que é uma forma mais refrescante de se alimentar”, acrescenta Diogo.

O trabalho é conduzido pelo setor de nutrição do Zoológico, uma cozinha onde são preparados os alimentos de todos os animais. O espaço é monitorado e conta com técnicos e estagiários que participam da produção dos picolés. O processo começa com a seleção de carnes e frutas fornecidas pela Ceasa, que são separadas, trituradas e congeladas. Além disso, nada é desperdiçado: cascas e sobras são destinadas, por exemplo, à alimentação de hipopótamos.

A produção dos picolés é planejada de acordo com a demanda e o cronograma de enriquecimento alimentar. O biólogo ressalta que a regularidade é fundamental para manter a ação eficaz. “Fazemos de tempo em tempo, porque se isso torna uma rotina, deixa de ser um enriquecimento. Então, geralmente, duas vezes ao mês, ou até três vezes ao mês, nós produzimos esses picolés e oferecemos para esses animais”, explicou.

Dieta direcionada
Cada espécie recebe um tratamento adequado, respeitando a própria dieta. O urso Robinho, por exemplo, precisa de carboidratos, proteínas e vitaminas na medida correta e, nesta época, frutas como melancia são congeladas e servidas em forma de picolé. “Todos os animais têm uma dieta elaborada pelos biólogos e veterinários. Essa dieta não altera, dependendo do clima. O que nós fazemos é um processo de enriquecimento para fornecer o alimento de uma forma diferente”, detalha.

O biólogo destaca ainda que a prioridade é assegurar que cada animal mantenha qualidade de vida durante todo o ano. “O objetivo, com certeza, é a qualidade de vida e o bem-estar de todos os animais que vivem aqui no parque”, resume. Para ele, essas práticas mostram a importância do cuidado diário e do comprometimento da equipe técnica na preservação das espécies.

As pessoas que visitam o Zoológico de Goiânia também podem acompanhar essas ações. Para atender o público, a distribuição dos picolés é organizada especialmente nos finais de semana, com datas e horários divulgados nas redes sociais oficiais do Zoológico. Assim, os visitantes têm a oportunidade de observar os animais interagindo com os alimentos congelados.

Fotos: Augusto Sobrinho/Gabriel Antonelly

Legenda: Animais do Zoológico de Goiânia recebem picolés como parte das ações de bem-estar animal intensificadas no período de calor e seca

Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia