Trabalhador denuncia sequestro, tortura e cárcere privado em Goiás

12 de dezembro de 2024 às 10:48

Um trabalhador de 27 anos denunciou que foi sequestrado, torturado e mantido em cárcere privado por seu patrão em Goiás. Segundo o relato da vítima, o crime ocorreu na última terça-feira (10), quando ele foi atraído com o pretexto de avaliar um serviço em uma fazenda. Acompanhado por um homem não identificado, o jovem foi levado a um local aparentemente abandonado, onde enfrentou horas de agressão física e psicológica.

Ao chegar no local, a vítima foi acorrentada a uma viga e agredida violentamente. Durante as agressões, seu patrão o ameaçou de morte e chegou a colocar uma faca sobre suas mãos, ameaçando cortar seus dedos. O jovem afirmou que as torturas duraram cerca de quatro horas, período em que também sofreu ameaças contínuas de que o martírio continuaria no dia seguinte.

Após os agressores saírem, o trabalhador conseguiu quebrar um dos cadeados usando um pedaço de ferro.

Mesmo debilitado e ainda com as correntes no pescoço, ele caminhou cerca de 15 quilômetros até alcançar a cidade de Guaraita, onde buscou ajuda em uma unidade de saúde.

Os profissionais de saúde, ao constatarem os sinais de agressão e as correntes, acionaram imediatamente a polícia. Após ouvir o depoimento da vítima, as autoridades se dirigiram ao local indicado como cativeiro, mas não encontraram o suspeito.

A Polícia Civil de Goiás abriu uma investigação para apurar os detalhes do caso e localizar os responsáveis. Novas diligências estão previstas para esclarecer os motivos do crime e determinar a identidade de outros possíveis envolvidos.

Impacto psicológico e jurídico

Além das agressões físicas, o jovem também sofreu traumas psicológicos graves, conforme relataram as autoridades. O caso reforça a importância de mecanismos de denúncia e proteção para trabalhadores em situações de vulnerabilidade. A Polícia Civil continua as investigações e busca garantir que os responsáveis seiam levados à Justiça.

Casos de violência e exploração de trabalhadores podem ser denunciados pelo Disque 100 ou diretamente às delegacias locais. A proteção das vítimas é garantida por lei, e medidas de segurança podem ser tomadas para evitar represálias.