Apresentação do Atlas de Remanescentes de Vegetação Nativa começa na próxima terça-feira (10)
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) iniciará, no próximo dia 10 de dezembro, a entrega do Atlas de Remanescentes de Vegetação Nativa de Goiás, o mais detalhado mapeamento de vegetação nativa do Cerrado já realizado em uma área estadual. O projeto, que será finalizado em seis etapas até o final de 2025, é desenvolvido em parceria com o Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da UFG.
A primeira etapa contempla as bacias dos rios Meia Ponte e dos Bois. As demais, entregues a cada três meses, mapearão as bacias Médio Tocantins e Paranã, Alto Araguaia e Rio Vermelho, Paranaíba, Médio Araguaia e Almas, São Francisco e Corumbá.
Inovação no mapeamento
Com tecnologia de satélites do programa brasileiro CBERS e validação em campo, o Atlas oferece um nível de detalhamento 20 vezes superior ao dos mapas atuais utilizados pela Semad, como os do MapBiomas. “É o maior e mais detalhado mapeamento já feito no Cerrado para um estado inteiro”, explica Murilo Cardoso, gerente de Geoprocessamento da Semad.
O levantamento identifica diferentes formações vegetativas do Cerrado (campestre, savânica e florestal), incluindo suas subdivisões. Isso permitirá um inventário preciso das fitofisionomias presentes no território goiano.
Benefícios para Goiás
Segundo a secretária Andréa Vulcanis, o Atlas será essencial para aprimorar a prestação de serviços e a elaboração de políticas públicas. O banco de dados possibilitará:
• Agilidade em licenciamentos ambientais, ao fornecer dados detalhados sobre áreas nativas e informações já verificadas;
• Avanços na preservação ambiental, com identificação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e reservas legais degradadas;
• Apoio ao programa de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), ajudando a priorizar municípios na preservação de remanescentes nativos;
• Contribuição nas metas climáticas, ao calcular com mais precisão o sequestro de gases de efeito estufa pelo Cerrado.
A secretária destaca que o Atlas não apenas servirá como base para projetos ambientais, mas também para ações estratégicas que envolvem recuperação de áreas degradadas e promoção de corredores ecológicos.