Polícia prende enfermeira e maqueiro no Hospital e Maternidade Célia Câmara após denúncia de falta de atendimento

6 de dezembro de 2024 às 19:55

Um episódio de tensão marcou a noite desta sexta-feira (6) no Hospital e Maternidade Municipal Célia Câmara, em Goiânia. Uma enfermeira e um maqueiro foram detidos após a polícia ser acionada devido a uma denúncia de suposta omissão de atendimento.

Um áudio gravado por uma servidora da unidade, amplamente compartilhado nas redes sociais, descreve o momento em que os profissionais foram presos, alegando que a equipe estaria sendo tratada de forma desrespeitosa, enfrentando condições precárias de trabalho, atrasos salariais e, agora, humilhações públicas.

“Fabiana e o Marques estão sendo presos. Foram tratados aqui igual cachorro, sem pagamento, sem dignidade, para ter que aguentar essa humilhação”, relatou uma colega servidora em tom de indignação.

Ainda não foram divulgados detalhes oficiais sobre os motivos específicos da detenção, mas o caso gerou grande repercussão entre os servidores do hospital e trabalhadores da saúde da capital.

O Hospital Célia Câmara é uma das unidades diretamente afetadas pela crise na saúde pública de Goiânia, que motivou o pedido de intervenção estadual protocolado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) nesta sexta-feira. Entre as denúncias apontadas pelo MP estão a falta de insumos básicos e o não pagamento de prestadores de serviços, agravando o cenário de colapso no sistema de saúde municipal.

Nota à Imprensa da HMMCC

O Hospital da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) esclarece que segue rigoroso protocolo de Classificação de Risco, prestando assistência às pacientes de acordo com a urgência que cada caso exige.

A paciente citada tentou ser atendida em desacordo com o protocolo, exigindo passar à frente de outras mulheres, situação que não foi permitida pela equipe.

O HMMCC lamenta a conduta ofensiva da Polícia Militar com os profissionais que seguiam as diretrizes da assistência eficaz, respeitosa e segura, e informa que a Fundahc/UFG, gestora da unidade, acionou uma advogada criminalista para conduzir a situação.

Mesmo com a triste circustância, o hospital mantém o atendimento às pacientes que procuram a Emergência da unidade. O cuidado com a saúde da população não pode parar.

Assessoria de Imprensa Fundahc/UFG

O caso será investigado, e a Secretaria Municipal de Saúde ainda não se pronunciou oficialmente sobre o episódio.