O Brasil está pronto para jogar no nível hard?

11 de julho de 2024 às 07:00

Foto: Foto: Reprodução

Quando falamos de jogos eletrônicos, muitos imaginam adolescentes em seus quartos, controles em mãos, mergulhados em mundos virtuais. Mas e se eu te dissesse que o futuro dos jogos eletrônicos no Brasil vai muito além disso? Com a aprovação do PL 2.796/2021, conhecido como Marco Legal dos Games, estamos prestes a entrar em uma nova fase – e não estou falando apenas no contexto de um jogo.
Você já ouviu falar no filme ‘Ready Player One’? A história se passa em um universo onde o mundo virtual se mistura com o real, colocando a inovação tecnológica no centro de tudo. Esse é exatamente o potencial que o Marco Legal dos Games traz para o nosso país. Ao regulamentar a fabricação, importação, comercialização e desenvolvimento de jogos eletrônicos, o Brasil avança significativamente em direção a um futuro onde tecnologia e criatividade se encontram para criar oportunidades incríveis.
“O Marco Legal dos Games sinaliza claramente que o governo do Brasil está aberto a novos investimentos no setor tecnológico. Isso é crucial, especialmente para startups e pequenos estúdios que são a espinha dorsal dessa indústria. Considere a história do Facebook, popularizada pelo filme ‘The Social Network’ – um exemplo clássico de como um ambiente regulatório favorável pode catalisar o crescimento de uma pequena startup em um gigante global.
Para prosperar e atrair investidores, startups de tecnologia precisam de um ambiente regulatório seguro. O PL 2.796/2021 atende exatamente a essa necessidade, garantindo que o Brasil se torne um terreno fértil para o crescimento de empresas inovadoras.
Agora, vamos falar sobre os números. Entre 2014 e 2023, o número de estúdios desenvolvedores de games no Brasil cresceu de 150 para 1.042 – um impressionante aumento de 594%​​​​. E quanto ao número de pessoas empregadas no setor? Houve um crescimento significativo, de 1.278 para 13.225​​. Esses dados evidenciam um mercado em plena expansão, com um potencial ainda maior graças à regulamentação.
Mas o que realmente torna este marco legal tão especial é como ele vai além da indústria do entretenimento. Os jogos eletrônicos podem ser ferramentas poderosas para a educação, capacitação profissional e até para a saúde mental. Imagine cursos técnicos e oficinas de programação financiados pelo Estado, formando uma nova geração de desenvolvedores prontos para inovar e transformar o mercado. Isso não é apenas uma possibilidade – é uma promessa.
E por falar em promessas, não podemos esquecer o impacto econômico. Com a regulamentação, o Brasil se torna um lugar mais atraente para investidores de venture capital. Como na música “Video Games” da Lana Del Rey, onde a cantora fala sobre a fascinação e o envolvimento com os jogos, os investidores estão fascinados pelo potencial de crescimento e inovação que o mercado de jogos eletrônicos oferece. Um mercado regulado significa menos riscos e mais oportunidades de retorno exponencial, atraindo capital que pode transformar ideias em realidade.
O Marco Legal dos Games também traz estímulos fiscais, como os benefícios da Lei do Bem e da Lei de Informática, que incentivam empresas a investir em inovação tecnológica e capacitação técnica. Isso é essencial para manter a competitividade do Brasil no cenário global de tecnologia e jogos eletrônicos.
Estamos prontos para jogar no nível hard? Com certeza. Porém, essa é apenas a fase inicial. A verdadeira aventura está apenas começando. Cabe a nós – legisladores, advogados, juristas, professores, empreendedores, desenvolvedores, investidores – aproveitar essa oportunidade para transformar o Brasil em um líder global no desenvolvimento de jogos eletrônicos.
Como disse Eames em “Inception”: “Você não deve ter medo de sonhar um pouco maior, querido”. Agora, com o Marco Legal dos Games, nossos sonhos podem se tornar realidade.

Tags: