Controle da doença, que ainda é alvo de preconceito, é feito nas unidades básicas de Saúde com medicamento, sem necessidade de isolamento do paciente, que deixa de transmitir logo nas primeiras doses da medicação. Goiânia registrou 87 novos casos em 2023
No mês de conscientização sobre a hanseníase, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) alerta para a importância do diagnóstico precoce e lembra que todo tratamento é feito nas unidades básicas de Saúde, sem a necessidade de isolamento do paciente, que deixa de transmitir a doença logo nas primeiras doses da medicação. A campanha Janeiro Roxo visa esclarecer a população sobre os sintomas, procedimentos e combate ao preconceito.
“Essa é uma doença que as pessoas conhecem pouco, alvo de muito preconceito ainda, mas que pode ser facilmente diagnosticada e tratada nas unidades básicas de Saúde”, explica o secretário municipal de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara. “Se não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis”, alerta.
A hanseníase é causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, que afeta principalmente nervos periféricos e a pele, podendo causar manchas brancas ou avermelhadas com diminuição ou perda da sensação de calor, dor ou do tato, formigamento e diminuição da força e da mobilidade. As complicações da doença podem levar a incapacidades físicas, principalmente nas mãos, pés e nos olhos.
Antes, o controle da doença era feito por meio do isolamento nas colônias, para evitar o contágio. Os doentes eram afastados dos seus familiares e da comunidade. Atualmente, o tratamento é feito por meio de comprimidos fornecidos gratuitamente nas unidades de Atenção Primária em Saúde (UBS) e a duração varia de acordo com a forma clínica da doença, podendo ser de seis a 12 meses.
Em 2023, foram diagnosticados 87 casos novos de hanseníase em Goiânia. A doença apresentou um leve aumento no município em comparação aos anos anteriores devido à pandemia. A desinformação e a dificuldade da população em reconhecer os sintomas contribuem para a persistência desses números, apesar dos esforços das equipes de saúde e da Vigilância Epidemiológica.
“Por isso a necessidade de campanhas como o Janeiro Roxo, para que mais pessoas tenham acesso às informações corretas sobre a hanseníase e para que possamos combater essa doença, combater a desinformação e também o preconceito”, pontua o secretário de Saúde de Goiânia.
Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) – Prefeitura de Goiânia
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