Ainda há muito o que fazer no que diz respeito à participação democrática dos segmentos sociais mais vulneráveis da sociedade, mesmo após a conquista das cotas femininas e dos recursos específicos para as candidaturas negras, que vale a partir de 2022.
O advogado e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral Joelson Dias bate na tecla de que a democracia brasileira ainda não é inclusiva e acessível para todos, principalmente no quesito Pessoas Com Deficiência (PCDs) e LGBTIs.
Dias entende que há um grande potencial eleitoral nestas pessoas que já são lideranças no seu grupo e que podem ser puxadores de votos. “Os partidos não aproveitam bem estes líderes”, comenta.
E esta mudança tem que acontecer, de acordo com o ex-ministro, porque não há nenhuma participação efetiva e também falta a representatividade simbólica destes grupos. “Basta ir à Câmara Municipal que verão um número praticamente inexpressivo, é uma invisibilidade enorme, onde as pessoas negras, PCDs e as mulheres têm uma subrepresentação”, critica.
O advogado também entende que, apesar do avanço para com as candidaturas femininas, ainda há muito o que fazer. “É preciso haver uma defesa pela paridade entre homens e mulheres, superando este constrangimento que são os números pífios da participação das mulheres na política”, argumenta.
O debate sobre a participação efetiva destes grupos foi promovido pela Megasoft Informática na última quinta-feira, dia 27, com o advogado eleitoralista Leon Safatle e o ex-ministro do TSE.
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