Consultor de empresas com mais de 30 anos de experiência em pesquisas de mercado e opinião pública, Luiz Felipe Gabriel afirma que a aplicação do método científico é o que garante a eficácia tanto das entrevistas por telefone quanto das presenciais
Em ano de eleições, a pesquisa de opinião pública é uma ferramenta estratégica para o marketing político antes mesmo do período eleitoral. Todavia, está na pauta do dia a dúvida sobre qual a melhor metodologia de coleta de dados: presencial ou por telefone?
Para Luiz Felipe Gabriel, consultor empresarial e CEO do Instituto Verus Assessoria e Pesquisa de Marketing, a qualidade e confiabilidade das duas formas de se entrevistar o eleitor é a mesma, seja por telefone ou presencial, com a observação de que a variável chave na coleta de dados por telefone é o nível de instrução. “A credibilidade na coleta de dados é a mesma, seja ela por telefone ou presencial, agora, o que se observa na abordagem por telefone é a maior disponibilidade de pessoas de classe mais alta e com nível de instrução superior, talvez porque controlem seu próprio tempo na maioria das vezes. E isso tem de ser considerado na ponderação dos resultados”, pontua.
O especialista diz que as pesquisas realizadas por telefone não podem ser consideradas menos eficazes comparadas às presenciais, se em ambas for utilizada a metodologia científica na seleção dos respondentes. “A pesquisa por telefone é altamente eficaz em vários aspectos, não há limitação geográfica por exemplo, podemos encontrar o entrevistado onde ele estiver, em locais antes inacessíveis”, esclarece.
Segundo Luiz Felipe, por telefone existe uma recusa muito maior por parte dos entrevistados. “Ainda temos uma recusa muito grande nas ligações, mas esse ponto resolvemos aumentando a quantidade de entrevistadores”, ressalta.
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