Consultor de empresas com cerca de 30 anos de experiência em pesquisas de mercado e opinião pública, Luiz Felipe Gabriel diz que a maior influência dos representantes de igrejas acontece com o público evangélico, porque estes representam a maioria dos frequentadores de cultos.
Empresário e CEO do Instituto Verus Assessoria e Pesquisa de Marketing, Luiz Felipe observa que o eleitorado que se autodeclara pertencente a uma determinada religião é dividido em: 50% católicos, 31% evangélicos, sendo que destes, 11% são da igreja Assembleia de Deus e outros 10% dizem não ter religião. “Duas pesquisas me referendam esses dados, uma do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em 2010 trouxe os dados dos evangélicos assembleianos, e a outra do DataFolha em 2020. O público mais engajado é o evangélico que frequenta mais os cultos, comparados aos católicos”, diz Felipe.
Segundo Luiz Felipe, uma das perguntas feitas ao respondente em uma pesquisa é sobre a religião que ele se autodeclara. “Com esses dados podemos dizer que o candidato tem um desempenho acima da média com determinado público, como é o caso do público evangélico, que tem propensão maior de votar no Bolsonaro”, salienta.
O especialista afirma ainda que o contrário, pode acontecer, quando o fiel daquela igreja se sente pressionado a votar. “Se o discurso do líder religioso não for balanceado, pode irritar o frequentador daquela igreja e gerar efeito contrário. “
Repórter Eliane Barros
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