Enfermeiros paralisam atividades em maternidades públicas de Goiânia por atrasos salariais

10 de dezembro de 2024 às 09:58

Os enfermeiros e técnicos de enfermagem das maternidades públicas de Goiânia — Célia Câmara, Dona Iris e Nascer Cidadão — iniciaram nesta segunda-feira (9) uma paralisação em protesto contra atrasos salariais. De acordo com a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Goiás (Sieg), Roberta Rios, a categoria decidiu manter apenas 30% dos atendimentos de urgência e emergência, em conformidade com a legislação.

A mobilização foi motivada pelo não pagamento do salário de novembro, da primeira parcela do 13º e do terço de férias. Segundo Roberta Rios, o movimento inclui principalmente trabalhadores celetistas, que são maioria nas unidades de Saúde de Goiânia. “Os profissionais estão sem condições financeiras para sustentar suas famílias, o que levou à deliberação pela paralisação”, destacou.

Esquema da paralisação

A interrupção ocorre em dois períodos: seis horas pela manhã e seis horas à noite. O movimento foi programado para durar até quarta-feira (11), quando os profissionais realizarão uma nova assembleia em frente à Corregedoria da Polícia Militar de Goiás, no Setor Sul, para avaliar os próximos passos.

As maternidades têm mantido apenas os atendimentos essenciais, o que pode impactar o fluxo normal de pacientes, principalmente em casos de internação eletiva e consultas de rotina.

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia ainda não se pronunciou sobre as reivindicações da categoria ou sobre os impactos causados pela paralisação.