Luiz Felipe Gabriel atua no mercado de pesquisas eleitorais há cerca de 30 anos e diz que a internet hoje tem grande influência na campanha eleitoral, como foi a televisão no passado
Um dos desafios dos candidatos nas próximas eleições será apresentar propostas capazes de atrair a atenção dos eleitores indecisos, principalmente aqueles que costumam deixar a escolha do voto para a última hora. No momento de indecisão, muitas vezes vale a indicação de um amigo ou parente, mas especialistas em marketing político garantem que para o próximo pleito serão as redes sociais que deverão ter um maior peso neste processo.
O consultor de empresas e CEO do Instituto Verus, Luiz Felipe Gabriel, que é especialista em Marketing, afirma que o fator de maior interferência no processo de escolha de um candidato é a reputação. “O candidato pode utilizar a sua trajetória profissional ou política para ajudar a construir uma reputação perante o eleitor durante a campanha eleitoral, portanto tudo que ele já fez antes das eleições poderá ser usado ao seu favor”, explica.
Luiz Felipe acredita que o eleitor, especialmente na escolha do candidato a deputado, pode se decidir em quem votar a partir da recomendação de um amigo ou de um parente, porém nas eleições de outubro este processo será mediado pelas redes sociais e aplicativos de trocas de mensagens. “Aquele eleitor indeciso certamente irá buscar uma recomendação de alguém que seja de sua confiança”, esclarece.
Para o consultor de empresas, com a popularização da internet e por consequência das redes sociais, houve uma mudança neste critério de se recomendar candidatos. “As redes sociais ampliaram esse processo de recomendação que é o que mais influencia no critério de escolha de um candidato”, pontua. Luiz Felipe lembra que essa informação que antes era trocada durante uma conversa pessoal, com uma pessoa da família ou com um parente, passou a ser feita de forma ampliada nas redes sociais e em aplicativos de trocas de mensagens.
“A recomendação de um candidato facilmente irá circular em um grupo de troca de mensagens da família ou de amigos, e a partir das relações de confiança já estabelecidas, o eleitor indeciso terá parâmetros suficientes para fazer a escolha do voto”, completa Luiz Felipe. Ele acrescenta que essa influência das redes sociais na atualidade exerce um protagonismo na campanha, como a televisão exercia no passado.
“As campanhas eleitorais na TV concentravam a maior força para se construir a imagem de um candidato e influenciar o eleitor. E em muitos casos o candidato só era conhecido devido à propaganda na TV, especialmente aqueles eleitores que moravam em locais distantes e de difícil acesso. A internet aproximou muito os candidatos do eleitor.”, ressalta.
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