Deputado Gilvan da Federal recua após desejar a morte do presidente Lula: “Exagerei na fala”

10 de abril de 2025 às 12:22

O deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES) recuou e pediu desculpas após ter afirmado, em sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, que desejava a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A declaração polêmica foi feita na terça-feira (8), durante debate sobre um projeto de lei que prevê o desarmamento da equipe de segurança do presidente da República.

“Eu aprendi com meu pai que um homem deve reconhecer os seus erros. Não desejo a morte de qualquer pessoa (…). Mas reconheço que exagerei na minha fala. Peço desculpas”, afirmou o parlamentar, nesta quarta-feira (9), no plenário da Câmara.

Na véspera, Gilvan afirmou que “queria que Lula morresse” e chegou a dizer que “nem o diabo quer o Lula”. Ele ainda afirmou que desejava que o presidente “tivesse um ataque cardíaco”, comentários que geraram forte repercussão política e jurídica.

Diante da gravidade das falas, a Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República a abertura de investigação contra o deputado, sob a justificativa de que suas declarações podem configurar os crimes de incitação ao crime e ameaça, além de ultrapassarem os limites da imunidade parlamentar.

Gilvan é relator da proposta debatida na sessão, de autoria do deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), que prevê o fim do porte de arma para integrantes da segurança presidencial. O texto foi aprovado na comissão, mas ainda passará por outras duas antes de seguir ao Senado.

O deputado capixaba já esteve envolvido em outras polêmicas. Em 2021, quando era vereador, chamou a então colega de Câmara Municipal e atual deputada estadual Camila Valadão (PSOL-ES) de “satanista” e “assassina de bebês”. Por esse episódio, foi condenado neste ano pela Justiça Eleitoral por violência política de gênero.

*Com informações do portal UOL é Mais Goiás