Evento foi realizado na AGMP e transmitido internamente para associados
A manhã do último sábado (25) foi marcada por debate na Associação Goiana do Ministério Público (AGMP) que reuniua promotora de Justiça Alice de Almeida Freire e o atual procurador-geral de Justiça, o promotor Cyro Terra Peres, ambos candidatos à Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ) para o biênio 2025-2027. Com foto na autonomia do MP, resgate do protagonismo e na simetria com a magistratura, Alice foi incisiva e mostrou o preparo que os mais de 32 anos de MP lhe garantiram.
“Pra mim foi uma honra estar aqui hoje discutindo com colegas, amigos e profissionais que são referência no Ministério Público. Discutindo o que vivo diariamente há 32 anos: o Ministério Público Goiano. Esse foi um momento histórico para a Associação Goiana do Ministério Público, para o Ministério Público de Goiás e também para a sociedade goiana. O cargo de Procuradora-Geral de Justiça ou Procuradora-Geral de Justiça é talvez o cargo mais importante do Estado porque é o cargo que traz a representação político-institucional a quem a sociedade deposita confiança e esperança. É é nesse propósito que eu coloquei o meu nome à disposição”, completou a promotora.
O debate foi realizado na sede da associação, no Setor Bueno e contou com a participação dos associados. Além disso, foi transmitido de foram interna pela intranet. A mediação foi foi feita pelo vice-presidente da AGMP Leandro Murata e a mesa diretora foi composta pelo promotor de Justiça Heráclito d’ abadia Camargo, promotora Ana Roberta Ferreira Favaro e o procurador Fernando Aurvalle Krebs.
A eleição para o cargo de Procurador-Geral de Justiça de Goiás ocorre no dia 3 de fevereiro, das 8h às 17h, por meio do sistema eletrônico de votação do Ministério Público do Estado de Goiás, o e-Voto.
Alice reforçou a necessidade da autonomia e independência da instituição bem como o resgate do protagonismo, falou sobre as mudanças pós pandemia no que tange ao trabalho remoto e na simetria com a Magistratura principalmente na forma de trabalho e nos benefícios existentes como o auxílio saúde, que atualmente é superior ao dos promotores. Além disso, disse que defenderá a realização de concurso público se for necessário. “Tivemos uma luta por simetria que se perdeu há 6 anos”, acrescentou.
Carreira
Promotora de Justiça em Goiás desde 1993, com vasta experiência em Direito Público e Penal, atuando em áreas como Segurança Pública, Meio Ambiente e Urbanismo, Direitos Difusos e Políticas Públicas. Exerceu funções de destaque no Ministério Público brasileiro, incluindo a coordenação do Grupo Nacional do Controle Externo da Atividade Policial do CNPG (2008/2011), a de membra-auxiliar do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) (2020/2021) e a de integrante da comissão do Ministério da Justiça, representando o CNMP no Comitê Multisetorial de Combate à Violência contra a Mulher (2019). No âmbito do MPGO, foi promotora de Justiça Corregedora (2001/2002), Coordenadora do CAO Criminal (2007/2008), diretora da Escola Superior do MPGO – ESUMP (2009/2011), coordenadora do Gabinete de Planejamento e Gestão Integrada – GGI (2017/2019) e subprocuradora-geral para Assuntos Institucionais (2019), tendo ocupado interinamente o cargo de Procuradora-Geral de Justiça.
Participou de comissões e bancas examinadoras, além de coordenar publicações jurídicas como o “Manual do Controle Externo da Atividade Policial” e de ser coautora da obra “Direito Empresarial, Direito do Espaço Virtual e outros Desafios do Direito”, em homenagem ao Professor Newton De Lucca, Quartier Latin, 2018. Foi Diretora de Comunicação e de Assuntos Institucionais da AGMP e integra entidades como Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (ABRAMPA) e Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ). É titular da 7ª Promotoria de Justiça de Goiânia, com atribuições na defesa do Meio Ambiente e Urbanismo e atual Diretora da Mulher pela AGMP (2024-2026).